Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, faz alerta para a importância da realização de exames nas primeiras horas de vida do bebê.
Atualmente, é comum os meses do ano estarem vinculados a cores que representam campanhas voltadas à conscientização e à prevenção de doenças e problemas de saúde. Pelo fato de ainda não existir um calendário oficial, os meses acabam recebendo mais de uma cor específica.
O mês de abril, por exemplo, já é reconhecido por algumas cores, como o azul, que representa a conscientização sobre o autismo, e o verde, que faz um alerta para a segurança e saúde no trabalho. No entanto, é preciso destacar uma outra: o amarelo, que está relacionado à conscientização dos erros inatos da imunidade. Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, acredita que as campanhas mês a mês são de extrema relevância social para ajudar conscientizar as pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde e ter como prioridade a qualidade de vida. Segundo Condino-Neto, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, lidar com a saúde dos recém-nascidos requer responsabilidade muito grande. “Somos os únicos no segmento da saúde a oferecer uma linha de cuidado médico e científico na área de imunodeficiências primárias, porque queremos evitar que os bebês sejam diagnosticados tardiamente”, explica.
As Imunodeficiências primárias (IDP) ou Erros Inatos da Imunidade (EII) são um grupo de doenças nas quais a principal alteração se encontra no funcionamento do sistema imune. São doenças genéticas e a maioria delas se manifesta nas crianças, embora adultos também possam ser acometidos.
Por essa razão, as primeiras horas de vida são determinantes para a descoberta de enfermidades, em especial, doenças relacionadas à imunodeficiência primária. Condino-Neto reforça a importância da triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho.
“Feito em crianças recém-nascidas, o teste do pezinho é realizado a partir das gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê e permite identificar doenças graves assintomáticas ao nascimento e que podem causar sérios danos à saúde, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente”, explica o médico.
Desde maio de 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) vem implementado o Teste do Pezinho Ampliado. O Projeto de Lei, sancionado pelo Governo Federal, ampliou o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho. Antes, englobava apenas seis e agora passou a envolver até 50 novas doenças raras. Desta forma, será possível reduzir significativamente a mortalidade, sequelas, sofrimento e custo social, causadas por doenças congênitas graves.
“A ampliação da triagem neonatal representa um grande avanço para a saúde pública dos brasileiros. O diagnóstico precoce de Imunodeficiência Grave Combinada (SCID) por meio do teste do pezinho permite curar os pacientes por meio do transplante de células tronco hematopoiéticas em 95% dos casos, quando feito nos primeiros 4 meses de vida”, finaliza.
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