Confira entrevista do médico imunologista Antônio Condino-Neto ao portal Lunetas sobre a vacinação de crianças contra a COVID-19.
Após quatro meses de espera, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última quarta-feira (13), por unanimidade, o uso emergencial da vacina CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos. Com o mesmo esquema da vacina aplicada em crianças a partir de 6 anos e adultos, a imunização acontece em duas doses, com intervalo de 28 dias cada.
O grupo etário abaixo de cinco anos tem duas mortes por covid-19 por dia, segundo o Observatório de Saúde na Infância (Fiocruz) – 36,4% das mortes infantis e 43,9% das internações estão na faixa etária dos seis meses aos dois anos. Para crianças menores de 3 anos e bebês, ainda não há previsão de imunização. Entre as crianças aptas a receberem a vacina (de 5 a 11 anos), apenas 39,5% completaram o esquema vacinal até o dia 12 de julho.
“As vacinas que existem são para prevenção de doenças graves, potencialmente fatais e que causam sequelas. Entre decidir se você corre o risco de ter efeito colateral ou correr o risco de pegar doença, não tem nem o que pensar”, diz Antonio Condino-Neto, médico imunologista, professor e pesquisador.
O especialista reforça que as vacinas aplicadas no Brasil são seguras e que a CoronaVac apresenta menos efeitos adversos nos pequenos. Além de ser a principal forma de proteção contra o coronavírus, se imunizar também reduz as chances da covid longa, condição que ocorre geralmente três meses após o início da covid-19 sintomática e dura pelo menos dois meses.
“A vacina é provada segura mediante testes de acordo com a idade, num esquema escalonado: pessoas maiores de idade, adultos, crianças em idade escolar, pré-escolar e lactentes. Quanto mais ampla for a cobertura, melhor para todo mundo, pois um cinturão de imunidade é muito importante para controlar a transmissão do vírus e suas variantes”, explica Condino-Neto.
Ele também pontua que os efeitos adversos mais comuns da CoronaVac são leves, como dor no local da aplicação, dor de cabeça e febre, que duram no máximo dois dias. Efeitos adversos graves são muito raros – a chance de pegar a doença é muito mais frequente e perigosa.
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